Em comemoração ao Dia do Quadrinho Nacional, o Emcomum lança Barzine – n. 1 – 2025. Essa primeira edição traz o prólogo da Metalgênesis, com roteiro de Alex Soares e desenhos de Silvio Romero. Barzine …
No próximo sábado, seguindo uma tradição, o Emcomum Estúdio Livre irá realizar o Dia Do Quadrinho Nacional 2025 com direito a oficina de “Tiras Emcomuns” , Exposição, roda de conversa e lançamento do fanzine Metalgênesis, …
Conservadorismo Brasileiro e a Nova Direita faz um meticuloso mapeamento histórico das esquecidas raízes ideológicas que nutrem a recente guinada à direita. O livro mostra em detalhe que o pensamento direitista no Brasil é mais antigo do …
Aula de iniciação ao uso de tinta nanquim, com a demonstração de materiais e técnicas de arte-final usados em trabalhos de charges, cartuns e histórias em quadrinhos.
Criada na China por volta de 2 mil a. C., a tinta NANQUIM é um material muito usado para a escrita artística, o desenho e a pintura. Têm como característica ser opaca, dando uma boa cobertura para os trabalhos. De secagem rápida, é considerada uma técnica de precisão. Devido ao seu custo/benefício, é um material muito utilizado para o uso da arte-final de charges, cartuns e histórias em quadrinhos.
A oficina tem como objetivo apresentar diversos materiais, como pincéis, bico de pena, canetas e objetos para se criar texturas. Na prática, exercícios de coordenação, apresentando diferentes tipos de hachuras e acabamentos. A atividade finaliza com a produção de um desenho artístico arte-finalizado com a tinta.
Dia 14 de abril de 2018 Sábado – 10 horas Centro Cultural Bairro das Indústrias Rua dos Industriários, 289 – Bairro das Indústrias Atividade gratuita Participe!
Em junho de 2013, a Associação Cultural Nação HQ se reuniu com o Vereador Professor Wendel Mesquita (PSB), levando o pedido de oficializar o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte. O pedido foi transformado em projeto de lei e transitou pela Câmara Municipal de Belo Horizonte. Hoje, 18/07/2017, foi sancionado pelo prefeito Alexandre Kalil e publicado no Diário Oficial do Município a lei nº 11.059, trazendo o reconhecimento do poder público e garantido sua realização bienalmente.
Essa é contribuição da Nação HQ para transformar o FIQ!BH, de uma ação cultural, para uma política pública voltada para a valorização dos quadrinhos. A criação da lei garante a continuidade do festival para além da décima edição.
Terça-feira, 18 de Julho de 2017
Ano XXIII – Edição N.: 5335
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Governo
LEI Nº 11.059, DE 17 DE JULHO DE 2017
Dispõe sobre a oficialização do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte.
O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – Fica oficializado o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte – FIQ-BH, a ser realizado bienalmente pela Prefeitura de Belo Horizonte, por intermédio do órgão municipal responsável pela área de cultura.
Art. 2º – VETADO
Art. 3º – VETADO
Art. 4º – VETADO
Art. 5º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Belo Horizonte, 17 de julho de 2017
Alexandre Kalil Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei nº 842/13, de autoria do Vereador Professor Wendel Mesquita)
As histórias em quadrinhos têm se mostrado uma atrativa e acessível forma de expressão cultural. Com sua linguagem ágil e leve, é possível abordar temáticas variadas, utilizando a união entre as artes visuais e a literatura.
Sem que o domínio do contexto ou das estruturas narrativas imponham-se como pré-requisitos intimidadores, o leitor é estimulado a entender arquétipos, tecer expectativas, compartilhar as reflexões do autor, questionar a situação política de seu país ou, simplesmente, ler sobre ela.
Sendo assim, parece interessante que mais cotidianos e experiências de vida possam ser retratadas nas histórias em quadrinhos? Seria desejável, inclusive para o mercado já estabelecido das hqs, que as produções se tornem cada vez mais democráticas, acessíveis e plurais?
A recente facilidade de se tornar um produtor de conteúdo e o maior alcance possibilitado pela disseminação na internet contribuem para isso, claro. Mas ainda é preciso remover um degrau: o conceito de que quadrinistas são pessoas raras, com talento e técnicas extraordinários, e não pessoas com histórias para contar. As histórias em quadrinhos comunicam ideias em uma linguagem que se vale da experiência visual comum ao autor e seu público. Segundo Will Eisner, no seu livro Quadrinhos e Arte Sequencial, as histórias em quadrinhos têm como característica ser “um veículo de expressão criativa, uma disciplina distinta, uma forma artística e literária que lida com a disposição de figuras, imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma ideia.”
Você, talvez, argumente que Eisner era um desenhista monstruoso, inserido num mercado já estabelecido, que desejava consumir o que ele produzia. E você estará certo em sua observação!
É óbvio que nós, iniciados no gosto e na produção das histórias em quadrinhos, esperamos que muitas das convenções (de arte, de narrativa…) sejam respeitadas, como nas grandes histórias e pelos grandes artistas que nos fascinaram, quando fomos convencidos a ler quadrinhos.
Mas não devemos deixar que isso impeça que “algo fora dos trilhos” surja e, talvez, tenha a chance de amadurecer e encontrar seu lugar entre os “quadrinhos que valem a pena”.
Para que isso aconteça, devemos ir atrás de ideias e contadores de histórias. E foi tentando munir não iniciados das ferramentas adequadas, para nos brindarem com suas narrativas e novos vieses, que os Núcleos de Quadrinhos Nação HQ foram idealizados.
Mas, não se iluda, mesmo quando nosso objetivo for “extrapolar as convenções”, convenções e regras ainda acompanharão o processo de aprendizado dos núcleos.