Associação Cultural Memorial Emcomum Estúdio Livre

A Associação Cultural Memorial Emcomum Estúdio Livre (CNPJ : 52.200.305/0001-40) é uma entidade civil de direito privado, cultural e sem fins lucrativos, composto por apaixonados por quadrinhos que trabalham na valorização de linguagem das narrativas visuais e na formação de público.

O EMCOMUM que tem como objetivos:

a) Pesquisar e organizar grupos de estudo de temas ligados às histórias em quadrinhos e outras narrativas gráficas, inclusive cinema de animação;

b) Atuar na defesa dos direitos de livre-expressão e da democratização dos meios de trabalhos de pesquisa desenvolvidos durante sua existência;

c) Produzir e promover festivais, mostras, oficinas, cursos e outros eventos cujo intuito seja o de divulgar a comunicação e a expressão artística;

d) Agir como editora, física e virtual, com cadastro atualizado junto a Câmara Brasileira do Livro, Biblioteca Nacional ou outras que vierem as suceder;

e) Agir como produtora de registros audiovisuais, como produtora audiovisual, com registro junto a ANCINE, órgãos representativos de produtores, roteiristas e outros que existam ou venham a existir, com o objetivo de gerar conteúdo de difusão e fomento dos quadrinhos e da cadeia produtiva das histórias em quadrinhos; 

f) Preservar, organizar, ampliar, disponibilizar e difundir o acervo da entidade para a leitura, pesquisa e formação de leitores de histórias em quadrinhos.

g) Promover o ensino da arte e cultura;

h) Realizar edição integrada ao comércio varejista de livros. 

BREVE HISTÓRICO

CENÁRIO EM BH

Com a Proclamação da República (1889), republicanos buscavam uma nova capital para o Estado de Minas Gerais. O local escolhido foi o Arraial de Curral del Rei. Uma Comissão Construtora da Nova Capital foi constituída em 1894 para fazer as obras da primeira cidade brasileira planejada. Em 1897, a sede do poder foi transferida de Ouro Preto para Belo Horizonte. Com a inauguração da capital e a transferências dos órgãos públicos, veículos de imprensa foram se instalando. Eram neles onde os primeiros artistas gráficos publicavam seus trabalhos.

Em 1941 surge a primeira revista dedicada as histórias em quadrinhos de Minas. Era uma vez… foi idealizado por José Neves Queiroz e editado por J. Nelson Valente. A publicação abriu espaço para os cartunistas dos grandes jornais da capital, abriu espaço para jovens talentos e encantou uma geração de leitores.

A Ditadura Militar toma o poder em 1964 e impõe uma censura aos órgãos de imprensa, entre eles, os profissionais do traço. Com o passar do tempo e o endurecimento do regime, a insatisfação com a repressão no país aumenta e artistas passaram a imprimir suas revistas independentes em busca de liberdade criativa de se expressar e contestar o sistema opressor. Surgem as revistas como o Almanaque Humordaz (1976), o Meia-Sola (1977) e a UAI!! (1978). Era um geração em que destacava-se artistas como Henfil, Afonso Celso Duarte (Afo), Nilson Azevedo, Mário Vale, Nani, Melado, Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues (LOR), entre outros. Lacarmélio começava a circular pelas ruas anunciando sua revista Celton (1981). Antonio Roque Gobbo abre as portas da Biblioteca Nacional de Histórias em Quadrinhos (1987).

MUTANÓIDES (1991-1992/1998)

Nesse caldeirão cultural, amigos que moravam na região de Venda Nova resolveram se reunir. Eles gostavam de ler quadrinhos e criar histórias. Resolveram montar sua própria revista. Inspirada na revista Metal Hurlant, publicação francesa de ficção científica da editora Les Humanoides, em 1991 foi publicado o fanzine Mutanóides Associados. O Mutanoides lança a Preview (1992), uma publicação semestral do Centro Mineiro de Criação e Divulgação do Quadrinho Nacional (CMCDQN). Depois organiza a 1ª Amostra de Quadrinhos, na Escola Municipal Teixeira da Costa (1993).

Em 1998 o grupo volta a se reunir para organizar a Feira Nacional do Quadrinho, um evento com uma programação de lançamento de revista, oficinas e a gravação do documentário Nação HQ, que aconteceu no Shopping Norte. Nesse ano, é colocado no ar o site Quadrinho.com.

BANCA ZOOP (1999-2000)

Na buscava de uma organização ideal, houve a mudança de nome para Zoop, com a proposta de ser uma distribuidora de quadrinhos independentes. A Zoop lançou, em parceria com o Estúdio HQ, as revistas pelo selo Quadradin.

EMCOMUM (2001-2005)

A estrutura de uma editora é montada em 2001 com fundação do Emcomum Estúdio Livre. A editora realizou o 1º Festival Nação HQ (2001) e publicou revistas de artistas locais até 2005, entre eles João Marcos Parreira, Chantal, Guga Shultze, José Carlos, Marcus Vinícius, Euler Silva, Rogério Marcus, Amauri de Paula e Wilson Gontijo.

NAÇÃO HQ (2004-2019)

Os membros da editora planejaram uma transição de linha de atuação, fundando em 2004 a Associação Cultural Nação HQ, focada nas discussões de uma política cultural para os quadrinhos na cidade. A partir da Nação HQ, a entidade passou a ser responsável pelas oficinas e eventos. É criada a gibiteca Nação HQ (2004) para gerenciar o acervo de revistas em quadrinhos. A associação atuou até final de 2019.

EMCOMUM (2023- )

Durante a pandemia de Covid, as atividades ficaram paradas. Após o final do distanciamento social, os membros decidiram por uma reformulação e passando a atuar, a partir de 2023, como Associação Cultural Memorial Emcomum Estúdio Livre.

Conheça o histórico de atividades acessando a nossa linha do tempo.